Quero dividir com você um dos momentos mais mágicos que passei nas minha vida, durante minhas viagens 4×4, dirigindo pelo deserto do Atacama, e que com certeza voltarei a ele algumas vezes, quando me lembrar de pessoas e sentimentos. Foi quando fui a Isla Negra, a última morada de Pablo Neruda. Um lugar maravilhoso, com tanta energia que me faz chorar.

E de vez em quando acontecem aquelas conexões, aquelas mensagens, aquelas chamadas que me tocam o coração e me vejo transbordando de saudade e carinho. E quando isso acontecer estarei mais simbiótica do que nunca com meu querido amigo Pablo Neruda.
Soneto XVII
Não te amo como se fosses rosa de sal, topázio
ou flecha de cravos que propagam o fogo:
amo-te como se amam certas coisas obscuras,
secretamente, entre a sombra e a alma.
Te amo como a planta que não floresce e leva
dentro de si, oculta a luz daquelas flores,
e graças a teu amor vive escuro em meu corpo
o apertado aroma que ascendeu da terra.
Te amo sem saber como, nem quando, nem onde,
te amo diretamente sem problemas nem orgulho:
assim te amo porque não sei amar de outra maneira,
senão assim deste modo em que não sou nem és
tão perto que tua mão sobre meu peito é minha
tão perto que se fecham teus olhos com meu sonho
[…] em 1971. Enfim… o poeta do amor. E é lógico que tenho um post com minha ida até lá, Por Onde Andei. Vários detalhes em minha casa demonstram o “jeito Pablo Neruda de […]
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