O primeiro luto

Dia desses, conversando com um amiga, ela me disse que o luto dura um ano. A cada data importante um pedaço de nós se quebra, sofremos e lembramos a ausência.

A cada data importante durante o primeiro ano, a dor ressurge, e nos pegamos repetindo: é o primeiro aniversário, primeiro dia das Mães, tudo sem a pessoa que amamos.

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Foi assim no aniversário do meu filho. Mesmo que a gente tivesse sem grana, ela fazia questão de comprar pelo menos um bolo para cantar parabéns. E tinha se passado apenas 15 dias do desencarne da mamãe e eu me lembrei dela falando do bolo.

Sem qualquer vontade, combinei de comprar o tão falado bolo e Johann o levou para a casa dos amigos, durante a reunião. Não consegui fazer mais do que isso. Ano que vem, quem sabe?

Primeiro luto. Ainda me dói saber que vem o Dia das Mães, o Natal, e tantas outras primeira vez até fechar este ciclo.

Dia das Mães: De Vênus de Willendorf a Ann Marie Jarvis

Desde sempre houve comemorações de figuras femininas, começando com as Vênus primitivas que simbolizavam abastança e fertilidade.

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A mais conhecida de todas estas Vênus é a Vênus de Willendorf, descoberta em 1908, na Áustria.

Na mitologia grega temos a figura de Hera, que ao mesmo tempo que é esposa ciumenta de Zeus, cuida de seus filhos, sendo ela deusa do casamento e da fertilidade.

Embora sempre se tenha comemorado a figura feminina, a fertilidade e a maternidade, o Dia das Mães só foi realmente estabelecido em 1914 na Virgínia (EUA), em uma homenagem de Anna Jarvis a sua mãe Ann Marie que já era falecida. Ela estabeleceu que esta comemoração seria realizada a cada segundo do mingo do mês de maio.

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Embora seja um filão para o consumismo, nada mais apropriado do que termos um dia para lembrar nosso papel mais que único da formação de nossos filhos.