Corpos femininos e a Nação Saudável – O papel da mulher na Redenção de Cam (2)

Continuando nosso pensamento sobre a Nação Saudável, neste Dia Internacional da Mulher, um questionamento deve ser feito: neste projeto de Nação, como identificar qual mulher seria a mãe ideal?

No quadro “A redenção de Cam”, vemos o branqueamento da raça através da mulher mestiça. Como era esta mulher mestiça? Boa mãe? Dócil?

A Redençao de Cam. Pintura de Modesto Brocos, 1895

Na discussão da época sobre o resultado da miscigenação, se gerava ou não seres degenerados, exemplificado nas teorias de Roquette-Pinto e Renato Kehl, mesmo tendo o Brasil uma postura mais neolamarckista, onde o homem sofre interferência do meio, não pode ser esquecida a questão genética da formação dos corpos.  Uma mestiça seria uma mãe ideal? A negra seria uma mãe ideal? A branca seria a mãe ideal?

Não apenas a etnia, mas outras características foram importantes para a consolidação, não apenas do perfil materno ideal, mas sua posição na sociedade. Características como idade e geração, sexualidade, localização no globo ou algum tipo de deficiência física foram levadas em conta, no intuito de estabelecer alternativas à composição da sociedade. (BIROLI; MIGUEL, 2015)

Se há uma tese de que o embranquecimento da raça é uma necessidade para criar um projeto de Nação, temos que analisar qual seria o corpo feminino ideal. E um território nebuloso se apresenta neste momento. Questões morais, sociais, econômicos, religiosas se travestem de ciência e começam a determinar quais seriam os caminhos a serem percorridos em busca da raça perfeita.

Um dos primeiros parâmetros a serem analisados é a genética mendeliana, onde a transmissão hereditária toma um papel absoluto no embranquecimento. Biologicamente, qual seria o corpo feminino ideal para que esse processo se desse de uma forma mais rápida, em cem anos, como nos diz Lacerda? Partindo deste pressuposto, e da estimativa de vida da população brasileira, para se alcançar o objetivo desejado o embranquecimento já deveria partir da mulher mestiça ou branca.

E o que fazer com os corpos negros e indígenas? Em uma eugenia neolamarckista, cujo processo eugênico passava pelas condições sociais, educacionais e médico-sanitaristas, esses corpos seriam deixados de lado em detrimento dos corpos mestiços ou brancos?

Enquanto a “mão católica” influenciava temas como educação sexual, controle de natalidade e controle matrimonial, e os cientistas brasileiros pregavam ações do meio para interferir no indivíduo onde estavam e com qual intensidade estavam estas ações para os ex-escravizados em seus guetos, sua cultura, sua religião?

Após a exposição da questão genética, e levando em conta a influência o aspecto moral e social do meio no indivíduo, qual a “mãe ideal” para gestar esta nova nação?

No fim do século XIX, começo do século XX, há um debate sobre os papéis de gênero que se encaixam nesta sociedade moralmente adequada, onde o homem era “uma inteligência servida de órgãos e a mulher um útero servido de órgãos”. Em sua tese, Egas Muniz prega que “a mulher é essencialmente mãe” (TOLEDO; VIMIEIRO, 2018). E se a mulher é essencialmente mãe, pelos valores morais e sociais da época, o que fazer com as mulheres que não estão se encaixam neste padrão?

Para Egas Moniz, a única finalidade para a vida sexual seria a reprodução, em uma visão judaico-cristã, assim teoria procurava ordenar e determinar condutas para os dois sexos, com ênfase em prescrições para a sexualidade feminina e corroborando com um modelo de diferença sexual.

O corpo feminino diferia do corpo masculino, pois apresentava uma instabilidade e esta instabilidade se refletiria em patologia. Ciclos fisiológicos como a menarca, ciclo menstrual e menopausa tinham como consequência o descontrole de comportamento, nervosismo, irritabilidade. E essas consequências – absolutamente normal fisiologicamente – são desejáveis no dia-a-dia da preceptora do ambiente doméstico? E como moldar este “receptáculo materno” para receber a nova geração eugenicamente melhorada?

Assim temos a questão da patologização de desejos (ou falta de) femininos que foram alçados na condição de doenças, como a ninfomania na menopausa, práticas masturbatórias, anestesia sexual, histeria e prostituição. É importante frisar que todas as manifestações sexuais femininas que não estão contidas dentro do padrão moral e religioso na sociedade, mesmo que estes padrões sejam extremamente subjetivos, são encaixados no âmbito da patologia, ou seja, uma variação de comportamento fora dos limites judaico-cristãos é subvertida para o campo da doença.

Na menopausa, quando a mulher se torna inútil para exercer o papel que lhe cabe na vida sexual – a procriação – e que provavelmente os filhos já estão crescidos, a busca por uma maior liberdade sexual, por um quebra de inibição, pode ser interpretada como uma patologia, pois esta busca por uma vida sexual mais ativa. Esse aumento do apetite sexual foi denominado de Loucura Lúcida, já que não há modificação psicológica/ psiquiátrica da mulher.  Interessante ressaltar que tanto o excesso de apetite sexual quando a ausência do desejo, chamado de anestesia sexual, é identificada como patologia, sendo que não há qualquer critério científico para determinação da doença, apenas critérios baseados na visão judaico-cristã do que seria uma mulher “normal”.

Sobre a prática masturbatória, esta é considerada como a mais potente para a debilitação progressiva da raça. Na Bíblia, esta prática não é explicita mas é combatida pois o prazer deve ser obtido entre homem e mulher. “a mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim o marido; e também, semelhantemente, o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim a mulher” (1 Coríntios 7:4). Mas mais uma vez a questão da masturbação possui “dois pesos e duas medidas”, pois “Este vício é mais vulgar no homem do que na mulher, o que é facilmente explicável pela superioridade de suas exigências sexuais. Comparando, porém, o grau de perversidade, segundo o sexo, afigura-se que a mulher viciosa será, em igualdade de circunstâncias, mais pervertida que o homem.”(TOLEDO; VIMIEIRO, 2018)

A histeria, que era ligada à superexcitação uterina até o século XIX, transformaria a mulher normal em uma pessoa “lasciva e erótica, completamente dominada por sua sexualidade”. Sua existência ameaçava a natureza feminina, conduzindo-a à irresponsabilidade se não fosse protegida por seu marido e o ambiente matrimonial. Egas Moniz descreve a mulher “nervosa” como a forma do negativo da imagem da mãe, pois há o descontrole do ambiente por parte da preceptora.

E a saída para todas estas patologias era o casamento, a couraça blindada de intimidade onde todas (ou a maior parte) das mulheres entrariam na normalidade. Na realidade, há de se convir que esta “entrada para a normalidade” acoberta vários tipos de violência contra a mulher, mas que para a sociedade era a melhor forma de promover o projeto de nação saudável.

Bibliografia:

BIROLI, F.; MIGUEL, L. F. Gênero, Raça, Classe: Dominações Cruzadas e Convergências na Reprodução das Desigualdades. Mediações – Revista de Ciências Sociais, [S. l.], v. 20, p. 27–55, 2015.

DOUGLAS, M. Pureza e Perigo. Campinas: Editora Perspectiva, 2010(debates).

GOULD, S. J. A falsa medida do homem. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

KOUTSOUKOS, S. S. M. Zoológicos Humanos: gente em exibição na era do imperialismo. Campinas: Editora Unicamp, 2020.

LACERDA, J. B. de. O Congresso Universal das Raças reunido em Londres (1911) : apreciação e commentarios. Brasil: Papelaria Macedo, 1911. Disponível em: http://bdor.sibi.ufrj.br/handle/doc/16.

NOTT, J. C.; GLIDDON, G. R. Types of Mankind: Or, Ethnological Researches, Based Upon the Ancient Monuments, Paintings, Sculptures, and Crania of Races, and Upon Their Natural, Geographical, Philological and Biblical History. Philadelphia: Lippincott, Grambo & Company, 1855.

SOUZA, V. S. A eugenia brasileira e suas conexões internacionais: uma análise a partir das controvérsias entre Renato Kehl e Edgard Roquette-Pinto, 1920-1930. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, [S. l.], v. 23, n. supl., p. 93–110, dez. 2016.

STEPAN, N. L. “A hora da eugenia” raça, gênero e nação na América Latina. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2005(Coleção História e Saúde).

TOLEDO, E. T.; VIMIEIRO, A. C. A Vida Sexual, de Egas Moniz: eugenia, psicanálise e a patologizaçao do corpo sexuado feminino. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, [S. l.], v. 25, n. supl, p. 69–86, ago. 2018.

O papel da mulher na Redenção de Cam (1)

A Redençao de Cam. Pintura de Modesto Brocos, 1895

No quadro “A Redenção de Cam” de Modesto Brocos, pintado em 1895, vemos a figura de duas mães, a mais velha negra em pé, com as mãos para cima como que “agradecendo”, a mais nova mestiça, sentada apontando a mais velha para a criança branca no colo. Ao fundo há um homem, o pai branco olhando com orgulho para a criança. Uma das teses mais aceitas sobre esse quadro, pintado pouco depois da libertação dos escravizados brasileiros, traz a ideia de que o embranquecimento da população era necessário para que o Brasil se tornasse uma Nação saudável.

A perspectiva europeia de superioridade intelectual do homem branco, o chamado “Apolo Belvedere”, aliada com o advento das ideias raciais /genéticas para que houvesse a escolha do tipo de sociedade que era racialmente saudável, o Brasil inicia o processo de embranquecimento da raça após séculos de miscigenação dos brancos europeus com os índios e negros.

A eugenia como melhoramento genético começa a ser, não apenas difundida, mas também uma prática cientifica recorrente, associada ao perfil social do que seria uma nação saudável. Neste processo a ciência escolhe quem se reproduz e quem não se reproduz. No Brasil este processo se desenvolveu mais suave no Brasil devido à influência da Igreja Católica.

Esse processo eugênico sempre foi bastante discutido, mas uma questão a ser levantada tem relação com o “receptáculo” deste processo. Qual o tipo de mulher seria a mais apropriada para a gestação destas novas gerações? Além do aspecto da etnia, algo a se refletir é sobre o que seria a “mãe ideal”, que pudesse educar os participantes da nação futura.

Do ponto de vista religioso, a inferioridade, a discriminação racial e escravidão dos negros tem sua justificativa na mitologia da maldição de Cam, que é uma interpretação específica de um episódio bíblico envolvendo Noé e seus filhos, mencionado no livro de Gênesis. A história relata que Noé, após o dilúvio, plantou uma vinha, ficou bêbado e se deitou nu em sua tenda. Seu filho Cam viu a nudez de seu pai e contou a seus irmãos, Sem e Jafé. A interpretação da maldição ocorre a partir da reação de Noé quando acorda e descobre o que aconteceu. Ele amaldiçoa a descendência de Cam, especificamente seu filho Canaã, dizendo que eles seriam escravos dos descendentes de Sem e Jafé. Essa interpretação foi usada do ponto de vista da história da religião para justificar a escravidão e discriminação racial contra os povos africanos originários de Canaã.

Aliado a esta visão da mitologia, e no século XIX, com a exploração acontecendo em regiões não europeias, e com o estudo sistematizado de diferentes culturas, há a utilização do conceito de evolução social. Para uma sociedade judaico-cristã, qualquer forma social-religiosa diferente de sua visão, toma a forma de primitivo e eram inspiradas pelo medo e confundidas com profanação e higiene (DOUGLAS, 2010)

Segundo DOUGLAS (2010) “a sujeira é, essencialmente, desordem. Não há sujeira absoluta: ela existe aos olhos de quem a vê. Se evitarmos a sujeira não é por covardia, medo, nem receio ou terror divino. Tampouco nossas idéias sobre doença explicam a gama de nosso comportamento no limpar ou no evitar a sujeira. A sujeira ofende a ordem. Eliminá-la não é um movimento negativo, mas um esforço positivo para organizar o ambiente”. E no século XIX, onde os germens são os causadores das doenças, que locais insalubres representam proliferação de doenças e vetores, causando temor de “locais e objetos sujos”, sociedades que não são da Europa ocidental ou não utilizam seus valores científicos e morais são considerados impuros em seus costumes e crenças.

Robertson Smith (citado por DOUGLAS) diz que “distinguir entre o santo e o impuro marca um real avanço sobre a selvageria”. Há que se enfatizar que o “santo” possui intima relação com crenças judaico-cristãs, o que divide a questão de ser puro/impuro e/ou primitivo/avançado tem intima relação com o avanço social e tecnológico do grupo em questão. Para ele, o homem civilizado moderno representa um longo processo de evolução.

Nesta perspectiva, práticas ritualísticas envolvendo contato com cadáveres, saliva, sangue eram consideradas transmissores do “perigo”. Este perigo também se manifesta em grupos que se alimentam de animais proibidos pelo Levítico, como porco, lebre, lagarto, entre outros.

Religiões de matriz africana eram consideradas sujas, impuras, pelo contato com o sangue de animais por exemplo. E essas práticas tinham que ser exterminadas para promover o processo de limpeza do grupo envolvido. Por outro lado, a moral judaico-cristã inserida no contexto da evolução científica e social do século XIX, tem como objetivo “reviver a religião no homem educado, torná-la intelectualmente respeitável, criar um novo fervor moral e assim produzir uma sociedade reformada”(DOUGLAS, 2010).

No Brasil um dos principais expoentes da tese do embranquecimento foi João Baptista de Lacerda, cientista eleito para representar o Brasil no Congresso Universal das Raças (Londres, 1911). Esse congresso reuniu intelectuais do mundo todo para debater o tema do racialismo e da relação das raças com o progresso das civilizações. No Congresso, há a reiterada ideia de que “nenhuma (religião) fez mais que a religião do Christo em favor da paz e da Concordia da Humanidade” (LACERDA, 1911).

Quanto à moralidade da sociedade, “O valor do homem se mede pelo gráo de sua intelligencia, pelas qualidades do seu sentimento, e do seu caracter, pelas suas aptidões innatas ou adquiridas, pela consagração do seu esforço em favor das bôas causas e das grandes idéas” (LACERDA, 1911)

Esta perspectiva é corroborada com os princípios científicos em voga no século XIX, quando a craniometria traz ao campo do saber a questão das medições craniométricas. Por volta de 1789, o escritor e pastor suíço Johann Kaspar Lavater propôs a teoria de julgar o caráter moral de uma pessoa por suas feições e sua expressão. Para ele, a fisiognomia era a ciência de descobrir a relação entre o exterior e o interior, entre a superfície visível e o espírito invisível que ela cobre. Lavater se referia às deformações de nascença, às desproporções, à falta de simetria e, sobretudo, à cor dos indivíduos; ou seja, a qualquer um não nascido com perfeitas características caucasianas. (KOUTSOUKOS, 2020).

No século XVIII e início do século XIX, a influência causada pela ciência no sistema de classificação dos seres vivos determinou padrões tipológicos para o homem (Homo sapiens). Uma técnica utilizada na ciência européia do século XIX – século de classificações e medidas – foi a craniometria. Alguns estudos da época comparavam tamanhos e formas do crânio das mais diversas etnias e definiam o ideal de beleza das estátuas greco-romanas como superioridade e com o crânio dos símios como inferioridade.

Ilustrações com crânios deformados do livro Types of Mankind de Nott & Gliddon

Utilizando este sistema de classificação houve o estabelecimento de uma hierarquia racista, onde os brancos estão no ápice da hierarquia, e por último, na posição mais inferiorizada, os negros. Assim, os que não pertencem à cultura branca e progressista da Europa Ocidental e dos Estados Unidos são tratados como inferiores. No  material utilizado por Nott & Gliddon, o crânio do negro é propositadamente aumentado e alongado longitudinalmente para imprimir uma semelhança maior à anatomia do chimpanzé do que do homem caucasiano. No texto, os autores ainda afirmam que “uma cabeça como a do grego nunca é vista em um negro, nem uma cabeça como a do negro em um grego”. (NOTT; GLIDDON, 1855)

Na primeira definição formal das raças humanas, em termos taxonômicos modernos, Lineu mesclou traços do caráter com anatomia. O Homo sapiens afer (o negro africano), afirmava ele, é “comandado pelo capricho”; o Homo sapiens europaeus é “comandado pelos costumes”. (GOULD, 1991)

E para que as sociedades alcançassem a perfeição humana, ou seja, o homem comandado pelos costumes – moral e social – e não mais pelos caprichos, visto como algo primitivo, um processo de transformação começou a ser criado.

Neste pensamento, existe a teoria neolamarckista baseada na herança dos caracteres adquiridos do meio, seria decisiva para a adoção de um modelo menos radical de eugenia, uma vez que não fazia distinções rígidas entre natureza e cultura apostava em uma “eugenia preventiva” como alternativa para o melhoramento racial das futuras gerações, associando-se estreitamente ao “ambientalismo médico” e às medidas de reforma do meio. (STEPAN, 2005)

Souza (SOUZA, 2016)nos traz a diferença do processo eugênico realizado em países como Estados Unidos, Alemanha, Suécia e Inglaterra, que foram baseadas em políticas extremas como a segregação racial e o controle de reprodução humana e o processo eugênico realizado na America Latina e em especial no Brasil, que o autor chamou de suave e se deu mais no âmbito da saúde pública e educação. E a partir deste ponto, surge o questionamento de saber para qual parcela da população brasileira a saúde pública e a educação atingiria. Além disso, o autor discorre sobre o papel da Igreja Católica ligada ao controle de natalidade e reprodução humana e do papel dos cientistas brasileiros, ligados ao pensamento médico cientifico de origem latina, principalmente a francesa

Segundo este autor,  “para os intelectuais brasileiros, nos quais se incluíam Renato Kehl e Roquette-Pinto, a ciência prometia solucionar o suposto “atraso” civilizacional do país, os efeitos da miscigenação racial e toda a miséria relacionada à chamada “questão social”, como a pobreza, as inúmeras doenças, a desnutrição e o analfabetismo”.

Uma questão a ser levantada neste processo de eugenia é a questão dos corpos femininos. Essa Nação só viria a se efetivar com a mãe ideal. E qual seriam os parâmetros para selecionar a mãe ideal? Quais características femininas seriam exigidas para a “boa procriação”?

Bibliografia:

BIROLI, F.; MIGUEL, L. F. Gênero, Raça, Classe: Dominações Cruzadas e Convergências na Reprodução das Desigualdades. Mediações – Revista de Ciências Sociais, [S. l.], v. 20, p. 27–55, 2015.

DOUGLAS, M. Pureza e Perigo. Campinas: Editora Perspectiva, 2010(debates).

GOULD, S. J. A falsa medida do homem. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

KOUTSOUKOS, S. S. M. Zoológicos Humanos: gente em exibição na era do imperialismo. Campinas: Editora Unicamp, 2020.

LACERDA, J. B. de. O Congresso Universal das Raças reunido em Londres (1911) : apreciação e commentarios. Brasil: Papelaria Macedo, 1911. Disponível em: http://bdor.sibi.ufrj.br/handle/doc/16.

NOTT, J. C.; GLIDDON, G. R. Types of Mankind: Or, Ethnological Researches, Based Upon the Ancient Monuments, Paintings, Sculptures, and Crania of Races, and Upon Their Natural, Geographical, Philological and Biblical History. Philadelphia: Lippincott, Grambo & Company, 1855.

SOUZA, V. S. A eugenia brasileira e suas conexões internacionais: uma análise a partir das controvérsias entre Renato Kehl e Edgard Roquette-Pinto, 1920-1930. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, [S. l.], v. 23, n. supl., p. 93–110, dez. 2016.

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TOLEDO, E. T.; VIMIEIRO, A. C. A Vida Sexual, de Egas Moniz: eugenia, psicanálise e a patologizaçao do corpo sexuado feminino. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, [S. l.], v. 25, n. supl, p. 69–86, ago. 2018.

VALERO, S. P. `La raza entra por la boca’: nutrición y eugenesia en Colombia, 1890-1940. Recorridos de la historia cultural en Colombia. Bogotá, Colômbia: Universidad Nacional de Colombia; Universidad del Rosario; Pontificia Universidad Javeriana, 2019. p. 396–435.