Um dos movimentos culturais mais interessantes dos anos de 1980/90 foi o chamado Steampunk ou Tecnovapor, que funde a os avanços da ciência do final do século XIX com o auge do estilo vitoriano e pós revolução industrial.
E para arrebatar nossos corações mais ainda contamos com grandes escritores que até hoje prendem nossas atenções tais como H.G. Weels, Julio Verne e tantos outros.
E desta forma vemos surgir uma combinação explosiva do luxo da era vitoriana e da ficção científica retratada em criações surreais, unindo o homem e a máquina de uma forma incrível.
E entre alguns filmes que retratam este gênero, está a Liga Extraordinária. Muitos consideram um filme bobo e sem expressão, mas eu me encanto não pela trama enredada mas com uma história que “costura” os personagens mais famosos da ficção científica do final do século XIX, e claro, sem deixar de falar dos seus autores.
Temos um time de heróis (ou quase) formado pelo Capitão Nemo, que comanda sua Nautilus maravilhosa. E pelamordedeus! O painel do carro que vai dentro do submarino! E aquele que nunca leu Julio Verne (tudo bem, pelo menos viu os filmes) que atire primeira pedra. O livro 20.000 Léguas Submarinas, que tem Capitão Nemo como principal personagem e seu maravilhoso submarino (quando não existia submarino) navegando pelos 7 mares. Nada mais Steampunk.
Um segundo personagem bem punk neste grupo é o Homem Invisível, que em 1897 toma uma mistura química louca e fica invisível, e essa imaginação veio de nada mais nada menos que H.G. Weels, que pela mesma década escreveu ainda A máquina do tempo, a Ilha do Dr. Moreau, as Guerras dos Mundos e por aí vai. Ele era bom, viu?
Depois (na minha lista de predileção) temos Henry Jeckyll e seu alter-ego Mr. Hyde, uma criação sublime de O Médico e o Mostro de Robert Louis Stevenson, mas que foi adaptado para o cinema como um monstro transformado por uma poção mágica. Na realidade no livro não há esta transformação física, ela é demonstrada por uma sociopatia impressionante e é um livro incrível, não deixe de ler!
Outra personagem interessante é Mina Harker, no melhor estilo steampunk, noiva do advogado de Dracula Jonathan Harker , do romance de Bram Stroken, considerado por Stephen King um dos tres maiores livros de terror de todos os tempos. Temos também o imortal personagem Dorian Gray, fantástico, astuto e charmoso, bem como Oscar Wilde o descreve em seu livro e seu quadro no sótão.
E para terminar esta constelação de personagens temos Allan Quartemain de Henry Rider Haggard, cujo livro conta as expedições de Quartemain no “selvagem” continente subsaariano do século XIX. E por último temos Tom Sawyer, do escritor americano Mark Twain. (desculpe mas confesso que são os dois que menos gosto, mas enfim… estão lá)
Bom, é claro que no filme existe um super-vilão, afinal, para que juntar esta equipe toda se não tiver alguém querendo destruir o mundo? Mas como não sou fã de spoiler, não vou contar, se ficou curioso, veja o filme, você vai gostar.