Por onde andei… Pablo Neruda e Isla Negra

Pablo DSC03258Neruda, grande poeta chileno, está na minha lista de homens imortais. Um homem fantástico, com uma trajetória de vida como poucos, com uma dignidade que faz dele um Espírito para ser lembrado por todos. Prêmio Nobel de Literatura de 1971, morreu em 1973 com câncer de próstata e viveu uma vida voltada à política e à poesia.

Viveu seus últimos anos na sua casa, em Isla Negra, um povoado próximo a Valparaíso, que eu tive a honra de conhecer, e só dDSC03282e lembrar, meus olhos marejam.

Grande parte de nós conhece a biografia dele, escritas e re-escritas em tantas páginas da internet. Até mesmo aqueles poemas e crônicas que lhe atribuem falsamente circulam em nossos emails.

Quando entramos em sua casa, conhecemos um Pablo Neruda diferente, sofrido pelas convulsões sociais que aconteciam no Chile e no mundo, mas ao mesmo tempo tão intimista com seus pensamento e sentimentos, tão dedicado à sua grande amada Matilda ao seu lado. Um amor que se percebe de contos de fadas, com aquele companheirismo e cumplicidade que a gente quer ter quando chegar velhice, como foi o deles. Amor este que nem a morte separou…
Ao entrar na casa, você entra no pensamento dele. São várias coleções, lembranças, ele traduz para os objetos o seu sentimento.

medusaEle é um grande colecionador de “mascarones”, as esculturas existentes nas proas dos navios.

Uma delas, a “Medusa” foi posicionada na janela para que ela pudesse ver o mar de Isla Negra. As esculturas de Sir. Francis Drake e Sirena de Glascow ficaram próximas, para que pudessem conversar.

Mas sem dúvidas, a que mais me emocionou foi uma dama solitária, cuja parede da sala foi pintada de azul, para que ela não se sentisse só, longe do mar.

Coleções de máscaras, conchas, garrafas, fragmentos da vida de Neruda, fazem deste lugaer um santuário vivo de um dos maiores poetas que já escreveu seu nome na História.isla-negra-bottles

Se algum dia voce tiver a oportunidade de viajar ao Chile na região de Viña del Mar e Valparaíso, não deixe de conhecer Isla Negra. Não tenho dúvidas que esta experiência ficará guardada para sempre em seu coração e sua memória.

Fiquem com as palavras de “Pablito” e até a próxima!!!

 

Companheiros

Enterrai-me em Isla Negra diante do mar que conheço,

de cada área rugosa

de pedras e ondas que meus olhos perdidos

não tornarão a ver

 

 

(fotos: Rosângela Pertile, exceto retrato de Pablo Neruda)

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