Ultimamente tenho me questionado bastante sobre nossa História e a memória brasileira, já tão frágil e sendo esquecida a cada dia.
Certamente estamos vivendo em uma aldeia global, conectados por redes sociais. Mas me incomoda saber que nesta Modernidade Líquida, como nos fala Zygmunt Bauman, estamos perdendo a nossa memória cultural, ou pior, não estamos buscando por ela. E falo isso em todos as áreas do saber.

Hoje se comemora o Dia Internacional da Fotografia. Este dia foi escolhido porque e 1839 na Academia Francesa de Ciências o “mundo” conhecia a invenção do daguerreótipo, o precursor da câmera fotográfica. Este nome é uma homenagem a Louis Daguerre que inventou esta máquina em 1937.
Por outro lado, temos no Brasil a figura de Hercule Florence, um franco-brasileiro que em 1833, em Campinas, havia descoberto a fotografia. A “Epréuve n°2 (photographie)” é uma fotografia de um conjunto de rótulos para frascos farmacêuticos e faz parte do acervo da Reserva Técnica do Instituto Moreira Sales.
Ou seja, seis anos antes de Academia Francesa apresentar ao mundo sua invenção, aqui no nosso país, Hercule Florence já fazia fotografias, e mais importante – devidamente registradas.
E assim eu me questiono, quantas outras tantas memórias brasileiras estão sendo diluídas no tempo ? Quanto de nosso patrimônio tanto material quanto imaterial está sendo esquecida antes de virar memória?
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