Artistas viajantes mulheres, uma visão feminina sobre a ilustração botânica e etnográfica. Parte 2: Maria Graham

Maria Graham nasceu em Papcastle, Inglaterra no ano de 1785. Esposa do  capitão da Marinha Real Inglesa Thomas Graham, com ele viaja para o Chile em 1821.  Maria era pintora, desenhista, escritora e historiadora britânica. Curiosamente Maria Graham foi preceptora da princesa D. Maria da Glória, filha de D. Pedro II e Maria Leopoldina (inclusive foi inspiração para uma personagem em uma telenovela).

Imagem 1. Maria, Lady Callcott retratada por Sir Thomas Lawrence (Domínio público)

No Chile Maria Graham morou em Valparaíso e escreveu o livro “Diários de uma residência no Chile”, em 1824. Como Maria estava presente no terremoto de Valparaíso em 1822, ela descreveu todo o processo em seu diário e por isso teve uma presença marcante na Sociedade de Geologia.

Ela foi a primeira mulher a publicar no Transactions of the Geological Society, causando grandes controvérsias. Seu artigo “O Relato de alguns efeitos dos terremotos tardios no Chile” teve uma influência considerável e foi citado por Charles Lyell e Charles Darwin.

Maria Graham pintou vários tipos de ilustração, desde paisagens com diferentes registros botânicos a pesquisas etnográficas. Na imagem 2 vemos a ilustração de um pequeno vilarejo, seus moradores e a formação das casas na cidade do Rio de Janeiro

Imagem 2. Desenho no Journal of a Voyage to Brazil.

Na imagem 3 vemos um trecho de sua correspondência para com a ilustração botânica para o naturalista Willian Jackson Hooker, da Royal Society de Londres.

Imagem 3. Carta para Willian Hooker, em 11 de abril de 1824

Maria Graham volta para a Inglaterra e em novembro de 1842 ela esta brilhante mulher morre em Kensington Pits, vítima de tuberculose, aos 57 anos de idade.

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2 comentários sobre “Artistas viajantes mulheres, uma visão feminina sobre a ilustração botânica e etnográfica. Parte 2: Maria Graham

    • Oi Reinaldo, tudo bem?
      Existiram sim! Inclusive no Brasil. A princesa Teresa da Baviera é nosso Langsdorff de saias. Além delas temos a Marianne North, Maria Sybilla, entre outras. Há outros posts que publiquei sobre algumas delas

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