E de repente você encontra um amigo muito querido na rua, naquela cena de quase um atropelar o outro. E naquela ânsia de contar as novidades de um ano em cinco minutos, vocês resolvem entrar em um café e tomar um delicioso expresso enquanto tentam atualizar a vida.
Escolhem aquele Café silencioso, longe do barulho caótico do centro da cidade.
Começam a contar como vai a vida, livros que leram, filmes que assistiram.
Mas lá no meio do papo, quando a ansiedade começa a diminuir você percebe que não estão sozinhos à mesa…
Aquele amigo que você tanto queria ver e conversar divide sua atenção entre você e o…
…celular!
Isso mesmo, a cada 20 segundos de conversa ele desvia a atenção de você para olhar o celular. E de dois em dois minutos ele aperta aquele botãozinho para poder iluminar a tela. Ver se alguém ligou mesmo quando o pequeno algoz tecnológico é vigiado o tempo todo.
Você pode até gostar muito do seu amigo, mas convenhamos, ele é um mal educado digital!
Quando isso acontece comigo, nem que seja na hora do almoço com colegas de trabalho, eu acho horrível, pois é como se uma provável chamada possa ser tão ou mais importante do que suas palavras.
Eu fico com a tosca sensação de não ter uma conversa interessante, pois a estatística é mais importante que eu – sim! a probabilidade de alguém ligar prende mais a atenção do seu interlocutor do que você!
Claro que no mundo moderno a comunicação é essencial, mas venhamos e convenhamos, tem gente que já está extrapolando não acha?